Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

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Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Torres, RS: O que fazer

Os Catarinenses, por brincadeira, dizem que Torres é a praia mais bonita do Rio Grande do Sul. A brincadeira consiste no fato de que ela é a única praia bonita do RS.

De fato, a grande maioria das praias gaúchas são apenas longas extensões planas de areia, sem montanhas, quase sem dunas, sem pedras, com muito vento e com mar gelado e arredio.

Por questões geográficas, quando mais ao sul, mais frias as águas e, por conta do vento, piores as condições do mar.

Confesso que também acho Torres a praia gaúcha mais bela, mas o mar ainda é um tanto gelado lá. Assim como no sul de Santa Catarina.

Mas as belezas naturais de Torres compensam o fato de o mar não ser assim uma lagoa.

Vou falar aqui de algumas atrações da cidade e também dar duas sugestões de onde comer.

A Lagoa do Violão é um dos trativos da cidade. À beira da lagoa, os moradores caminham e andam de bicicleta. Dezenas de tartarugas habitam a lagoa.

foto da Internet

Mas a grande atração de Torres é a Praia da Guarita, onde ficam as montanhas que foram chamadas de 'torres', dando nome à cidade.




Minha sugestão é fazer as duas trilhas que existem no Parque da Guarita, local onde fica a Praia da Guarita. Há uma pequena trilha sobre a montanha menor, de onde você terá essa vista da Praia da Guarita:



E existe uma trilha mais longa sobre a montanha mais alta, que liga a Praia da Guarita à Praia da Cal. A trilha é de nível médio e leva de 20 a 40 minutos. A vista é de tirar o fôlego!



Para ter uma vista da cidade de Torres, vá até o Morro do Farol, que tem acesso para carros e estacionamento.


Nas praias gaúchas, é comum ver a areia cheia, mas quase ninguém na água. Ouso afirmar que o gaúcho só vai à praia para poder tomar chimarrão sem suar muito. E por que não?

Eu faço o mesmo.

Como diria uma frase que circulou na Internet:

"O chimarrão é exatamente o contrário da televisão: te faz conversar se estás acompanhado, e te faz pensar quando estás sozinho"



Em Torres, os melhores restaurantes ficam perto da barra, e a grande maioria deles é especializada em frutos do mar. Os meus preferidos são o Cantinho do Pescador e o Anzol.

sábado, 28 de novembro de 2015

Inverno no Hemisfério Norte: O que usar?

Nas minhas 5 experiências no inverno boreal, tive alguns arrependimentos e muito aprendizado.

Houve uma vez que passei o dia andando na neve sem sapatos adequados, meus pés molharam, e ainda precisei encarar 1h de trem com os pés gelados até chegar em 'casa'.

Nota 1: Sem sapatos adequados, seus pés sempre vão molhar. O calor do corpo derrete a neve e ela entra nos sapatos.

Comecei a pensar que tinha, de verdade, congelado os dedos do pé, porque parei de senti-los... Ao chegar, coloquei os pés em água morna e a dor era insuportável.

Nota 2: Se pensar que, realmente, esta com os pés ou mãos congeladas, coloque-as em água morna, mas apenas levemente morna. Água quente não é recomendada.

Desde então, aprendi a cuidar dos pés na neve.

Na verdade, aprendi que não se deve comprar roupa de frio no Brasil. Mesmo no sul, não estamos preparados para o frio extremo. Meus casacos mais quentes foram comprados no Uruguai e na Alemanha. Sim, até os hermanos estão mais preparados que nós...

Minha primeira dica é: Economize dinheiro e compre uma bota de neve e um casaco já no seu destino.

Mas vamos ao itens indispensáveis:

PÉS

Botas de neve



Botas de neve são, geralmente, muito feias, mas são as melhores opções. Elas são impermeáveis e, muitas vezes, têm pêlos no interior.

Sapatos - Variação:

É possível usar um sapato de couro e impermeabilizá-lo com um spray especial. O spray pode ser encontrado em qualquer loja de sapatos. Porém, no rótulo você verá que deve aplicar o produto várias vezes e dexá-lo secar. Você também terá que reaplicar o produto a cada 2 ou 3 dias.
No caso de usar um sapato comum e impermeabilizá-lo, eu recomendo ALTAMENTE que você compre uma palmilha especial.


Essas palmilhas tem um tipo de silicone na parte de baixo, o que a impermeabiliza, e uma camada de lã na parte de cima, o que a faz ser térmica também. Você também encontra essas palmilhas em qualquer loja de calçado.



E para os mais "friorentos": meias térmicas!
Podem ser compradas pela Internet, ou em lojas de calçado no seu destino.


CORPO

Casacos

Os melhores casacos para o frio extremo são:


Casacos de lã batida, porém apenas se forem de boa qualidade.

Ou casacos de neve, que são impermeáveis. O importante no casaco não é ele ser 'quente', o importante é que ele não tenha 'poros' por onde o vento possa passar.


Luvas também são muito importantes.


Luvas de lã, de boa qualidade, claro, são suficientes para mim. Já encarei -22C com as minhas.

Mas se você sente muito frio, ou se vai para um lugar extremamente frio, sugiro luvas de couro ou camurça. A regra é a mesma do casaco, em luvas de couro ou camurça, o vento não entra.



CABEÇA

Toucas/Chapéus

Eu tenho cabelo cacheado e odeio usar toucas e chapéus. Também vale lembrar que apenas 10% do calor corporal vem da cabeça, haha!

Enfim, as opções são toucas de lã ou chapéus de inverno.
















Protetores de orelha

O que eu prefiro para aquecer as orelhas são os protetores de orelhas.

 Para as fashionistas, existem essas versões mais exageradas.






Mas eu prefiro o discreto protetor preto de soft.

E não esqueça de um bom cachecol, de lã de qualidade ou de soft, que também impede o vento!








Além das roupas e calçados específicos, sugiro que você carregue na bolsa um hidratante (recomendo o Nivea Soft, que serve para mãos, corpo e rosto), uma manteiga de cacau e, como eu já havia dito no post anterior, lenços! Depois de alguns dias assoando o nariz, você precisará do hidratante, e a manteiga de cacau vai impedir que seus lábios rachem.

De resto, aproveite bem o frio e beba muito vinho! Saúde!

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Inverno no Hemisfério Norte: Vantagens e desvantagens para viajar

Tenho uma amiga (oi, Flávia!!!) indo encarar o inverno de Nova Iorque pela primeira vez e acabei dando umas dicas a ela. Decidi transformar as dicas em dois posts: dicas gerais e dicas do que usar.

Muitas pessoas no Brasil aproveitam a época de festas de fim de ano e férias escolares para agendarem suas viagens internacionais. O período coincide com o pior do inverno no hemisfério norte, no entanto.

O inverno boreal não é a época ideal do ano para viajar, na minha opinião, mas sendo professora, já encarei 5 vezes a neve européia.

Turistar no inverno tem suas vantagens e desvantagens.

Eu diria que as vantagens são o fato de você não suar, nem se desidratar, nem precisar se preocupar com óculos escuros e filtro solar (se for esquiar, leve óculos, sim!). Também é uma época de poucos turistas na ruas, o que significa filas menores, pontos turísticos menos cheios, hotéis e restaurantes menos cheios.

No inverno, você também comerá mais, o que eu acho uma baita vantagem! hehe! Comidas típicas das festas de fim de ano são geralmente cheias de gordura, açúcar e amor! <3

Porém, em países em que o inverno é 'denso', como Alemanha, Suíça, Áustria, Rep. Tcheca, e demais países do leste e norte europeu (e norte dos EUA, né?), o inverno significa metros de neve e temperaturas baixíssimas que impedem que o turista passe muito tempo na rua. Os passeios acabam tendo que ser interrompidos para um chá ou chocolate quente a cada (+/-) 2 horas. Você se obrigará a ver mais museus e outras opções de ambientes fechados.

Porém, cuidado! Muitos museus e castelos dão férias coletivas aos seus funcionários nessa época de Natal/Ano Novo. Esqueça parques, jardins e fontes, eles fecham também.

E você precisará de lenços de papel. MUITOS LENÇOS! Essa maratona de entra-no-quente-sai-no-frio fará você desenvolver uma corisa eterna! Mas deixe para comprar os lenços lá mesmo, pois são mais grossos e 'aguentam' melhor a corisa de inverno.

Mas gente... O Natal Branco é lindo! Lindo mesmo. Passar as festas dentro de casa, de blusa de lã, perto da lareira, bebendo vinho quente (aka quentão) e comendo biscoitos de Natal é uma experiência que se deve ter na vida! Não porque passa nos filmes, mas porque o frio une as pessoas de verdade!

Falando em Natal, muitos países têm Mercados de Natal. Os Mercados de Natal são uma grande reunião de barraquinhas em uma praça onde você encontra comidas e bebidas típicas da época. Lá também há artesanato e, às vezes, apresentações. Na Europa, a Alemanha, a Alsácia na França, a Áustria e a Suíça têm os mercados mais famosos.

E aqui você vê o post sobre as roupas que mais protegem do frio!


Viena, Áustria

Frankfurt, Alemanha

Salzburg, Áustria

Praga, República Tcheca

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A saga que foi encontrar uma boa agência de viagens

Logo que comecei a viajar, em 2008, acreditava ter encontrado uma boa agência de viagens. Elas me conseguiam ótimos preços e eu achava isso mais do que suficiente. Depois de 2 ou 3 anos (não lembro ao certo) comprando passagens e pacotes com essa agência, ela fechou...

Me vi, então, na saga de encontrar uma agência confiável que fizesse aquilo que eu julgava (e ainda julgo, na verdade) ser a coisa mais importante que a agência faz por você: pesquisar preços diariamente por dias, semanas, o tempo que for preciso, até encontrar o mais barato, o tesouro escondido que foi desenterrado só para você!

Pois bem, durante esta saga passei por 2 agências diferentes, de cidades diferentes aqui do sul, e encarei alguns desafios... Talvez o pior deles tenha sido uma mudança de vôo que aconteceu 6 meses (SEIS MESES!) antes da nossa viagem, mas que nós só descobrimos fazendo o check-in online 14h antes.

Deixe-me explicar melhor. Estávamos em Frankfurt pois, naquela ocasião, os vôos mais baratos eram por lá, e não por Munique, de onde geralmente voltamos. Como eu não conhecia Frankfurt, decidimos passar um dia na cidade. Reservamos uma noite em um hotel no centro e uma noite num hotel próximo ao aeroporto, pois nosso vôo seria bem cedo.

No dia anterior ao vôo, depois de turistar por Frankfurt o dia todo, fomos ao hotel do centro para pegar nossa bagagem e seguir para o hotel do aeroporto. Meu esposo lembrou que podia já adiantar bons lugares para nossa volta (um vôo direto de mais de 12 horas seguido de outro vôo doméstico) fazendo o check-in online. Eram 19h e o vôo seria no dia seguinte, as 8h da manhã. Chegaríamos no Brasil no domingo à noite, e ambos deveríamos voltar a trabalhar na segunda, em empregos nada flexíveis.

Ao fazer o check-in, meu esposo notou que o vôo no qual constavam nossos nomes era, na verdade, às 22h do dia seguinte, o que resultaria numa chegada ao Brasil apenas na tarde da segunda-feira! Pegamos as malas e corremos para o aeroporto. Pensávamos em obrigar a Tam a nos devolver ao vôo original e ir pro hotel tomar banho e descansar antes da viagem.

Chegando no guichê da Tam, a atendente explicou que aquele vôo das 8h da manhã não existia mais! E pasmem, ele havia sido descontinuado há seis meses! Explicamos que se fossemos apenas no dia seguinte às 22h perderíamos um dia de trabalho, o que era inaceitável. Foi então que a atendente disse: “Vocês podem ir no das 22h de hoje!” Já passava das 21h e nós tínhamos reserva paga num hotel próximo ao aeroporto. Precisávamos decidir ali mesmo se era melhor chegar antes ou atrasados...

Embarcamos imediatamente, cansados, sujos, com fome e sem que ninguém da nossa família soubesse que chegaríamos um dia antes do previsto. Corremos feito loucos pelo aeroporto, chamaram nossos nomes no microfone  e encaramos quase 16h de vôo sem nenhuma preparação prévia. E sem banho...

A atendente da Tam me confirmou que a agência sabia da mudança de vôos há 6 meses e deveria ter informado os passageiros. Penso que, se não fosse o check-in online, teríamos ficado 16h esperando no aeroporto e faltaríamos ao trabalho sem prévio aviso. Levei meses para conseguir que a agência me pagasse, pelo menos, pela reserva que perdemos no hotel.

Sei que isso não parece tão grave ao leitor, mas acredite: quando isso acontece na volta de uma viagem, na neve, quando você tem mais de 50kg de bagagem para carregar, dá nos nervos.

Mas felizmente, depois de alguns traumas como esse, fui testar uma agência nova em Araranguá, a MSX Viagens. Além de um bom preço, me ofereçam algo que eu não estava acostumada: preocupação.

Já na nossa primeira experiência juntas, notei que aquele atendimento era diferente. Eu tinha passagens compradas para a França e a Gol mudou o horário do vôo dias antes. O vôo original sairia cedo de Porto Alegre e esperaríamos 4hs em São Paulo. Porém, o novo vôo, seria ainda mais cedo, aumentando a espera em São Paulo para 7hs! Lembro de a Valquíria me ligar avisando do problema já com a solução: Ela disse à Gol que OU nos colocassem num vôo mais tarde, OU nos dessem um hotel para descansar em São Paulo sem nenhum custo! Pensei: gente, o que é isso? Nunca fizeram isso por mim? É real?
Sim, a Gol nos deu um vôo mais tarde, diminuindo a espera em São Paulo para apenas 1h30, menos que no plano original!

Acho que não preciso dizer que, desde então, sou cliente fiel da MSX e já indiquei para dezenas de amigos que também aprovaram.

Não, essa matéria não é patrocinada, é apenas o que digo a quem me pede indicação de agência. Fica aqui, então, a minha indicação pessoal. <3


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Munique

Munique é a entrada para a minha Alemanha preferida: a Alemanha medieval e romântica.


Foto de Thais Soares

O centro histórico é relativamente pequeno e o Jardim Inglês, principal parque da cidade, fica a uma distância facilmente percorrida a pé. Ou seja, em dois ou três dias você conhecerá boa parte da cidade. Muito bom para aqueles, como eu, que viajam com orçamento apertado, já que a  cidade é a mais cara da Alemanha.

No caminho, você vai ver os restaurantes das cervejarias mais famosas da cidade: a Hofbräuhaus, Paulaner, Franziskaner, e a minha preferida, a Augustiner. Porém, na minha opinião, se você quer uma experiência bem bávara, pegue um tram em frente a Hauptbahnhof, a estação central, e siga até a Augustinerkeller.





É muito comum as cervejarias terem seus próprios restaurantes ao lado, com comida típica da região, feita da maneira mais tradicional e caseira possível. Além da cerveja incrível que eles oferecem, o ambiente é formado de mesas feitas com barris, e a comida é farta, deliciosa e com preço nada turístico.








Jardim Inglês no inverno

Andar pelo Jardim Inglês e ver a quantidade de famílias passeando com seus filhos ou animais de estimação é um belo exemplo da importância que a família tem na vida dos alemães.


Mas não deixe de sentar numa mesa comunitária e apreciar uma boa cerveja no final do passeio, faz parte da experiência!
Jardim Inglês no outono


Não importa a época do ano, o parque é sempre lindo!


Eu já falei aqui sobre a cidade de Dresden, na antiga Alemanha Oriental, mas acredite: as diferenças culturais ainda existem. O Bávaro é um tipo específico de alemão.

Alias, certa vez, li um texto da Larissa, do Brasanha, fazendo um comparativo entre bávaros e gaúchos. Achei muito sensato: A indumentária tida como 'tradicional' de ambos vem do campo, ambas culturas são muito carnívoras, sendo o Rio Grande do Sul um dos lugares que mais consome carne de porco no Brasil, carne essa que é a mais consumida na Baviera. Por fim, vamos falar do bairrismo? Sim, gaúchos e bávaros carregam esse orgulho bairrista que, na verdade, não é visto com bons olhos pelo resto do país... rsrs!

É claro que eu só posso falar desses dois lugares, a Baviera e Dresden, pois são os lugares que conheço bem na Alemanha. Já estive em outros estados, mas por pouco tempo. Mas as diferenças culturais são mesmo visíveis. O pessoal da antiga Alemanha Oriental tem uma noção diferente de 'privacidade' e 'pudor'.

Os alemães, obviamente, não saem por aí sorrindo para estranhos como nós fazemos às vezes, mas pode ter certeza, lá você nunca será mal tratado. A seriedade do povo alemão é só mais uma prova da sua disciplina. Aliás, a limpeza e a organização dos lugares, até mesmo banheiros de bar, é de assustar qualquer brasileiro.

Munique é um conto de fadas possível: cultura, belezas naturais, organização... E claro, boa cerveja e boa comida porque conto de fadas real tem que ter prazeres mundanos!


Pessoal da Hofbräuhaus no Jardim Inglês anunciando a chegada da Oktoberfest

Famoso fenômeno dos surfistas do Jardim Inglês

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A difícil arte de não ser blogueira full-time

Reality bites, diz a  expressão, "a realidade morde"...

Quando decidi inciar este blog, há um ano, eu tinha algum tempo disponível e 7 anos de viagens acumuladas. Parecia suficiente para, pela enésima vez, tentar formar um vínculo real com a minha vontade de escever, validar essa veia artística que grita aqui dentro.

Hoje, vejo os conteúdos inéditos do blog irem de dois a três por semana, para menos de um...

O que aconteceu? A vida.

O trabalho começou a tomar muito mais tempo do que o inicialmente planejado, concursos públicos com aquele "emprego dos sonhos de qualquer professor" apareceram e exigiram tempo de estudo, a crise diminuiu os planos de viagens...

Com menos viagens e ainda menos tempo para escrever sobre elas e selecionar e tratar fotos para ilustrá-las, fica quase impossível manter um ritmo comercial de conteúdos.

Parece que, no final das contas, ser artista realmente exige que você tenha aquelas 500 libras anuais das quais Virginnia Woolf falou. Ah, e um quarto só seu.

Mesmo assim, eu sigo. Let's keep walking.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Oktoberfest Blumenau 2015

Decidi fazer mais um post com informações atualizadas da Oktoberfest de Blumenau porque estive lá este fim de semana e muita coisa mudou desde a última vez que eu havia visitado o evento, em 2011.


A entrada na Vila Germânica é gratuita até às 13h. A partir desse horário, a entrada custa R$30 por pessoa, porém estudantes e pessoas trajadando roupas típicas (atentem para as regras de vestimenta do site) pagam meia. Se um estudante também estiver trajado, paga apenas R$10.


Os preços das cervejas foram reajustados este ano, mas a comida não. Existe um rodízio nesse quesito. 
 As cervejas variam: R$6 é a mais simples, Schin Pilsen, passando pelas Pilsen artesanais por R$7, até R$8 que são as cervejas artesanais locais de sabores como trigo, Ale e escuras.
Observei que este ano as opções gastronômicas estão mais alemãs, por assim dizer. Talvez por influência do chef alemão Heiko Grabolle que lidera a equipe do Senac Restaurante-Escola e trouxe pratos realmente servidos nas Oktoberfests alemãs para o Brasil.
Currywurst

Mas este ano fiquei realmente surpresa com a influência alemã na gastronomia da festa. Desde pratos realmente tradicionais como Spätzle, Currywurst, Schnitzel, Bratkartoffeln, até doces como o Strudel.


É claro que você encontrará pratos brasileiros, e aqueles que foram adaptações feitas pelos imigrantes que aqui chegaram, como o marreco recheado, as cucas e a batata assada recheada. E também tem as "gourmetizações" contemporâneas, como o delicioso hamburguer de pato. Mas para mim, o mais hilário foi ver uma barraquinha de Döner Kebab, que é, na verdade, um prato Turco! Esse sanduíche é muito comum na Alemanha há anos e se encontra com tanta facilidade quanto uma barraquinha de cachorro quente no Brasil.


Observei que a a festa estava mais cheia durante o dia este ano. Famílias com crianças, idosos, todos curtiam o clima da festa. Todos os pavilhões tinham uma banda tocando e mesas comunitárias.

O ambiente que antigamente abrigava o Biergarten deu lugar a um tipo de Food Truck Area, mas um novo pavilhão bem iluminado e com palco dava conta do recado.





A organização da festa é impecável e a limpeza também. As mesas são limpas imediatamente assim que a pessoa sai, os banheiros são limpos e os pavilhões organizados. Essas, talvez, sejam a marca mais clara da influência alemã. Já a alegria e o sorriso no rosto de cada colabor envolvido são traços bem brasileiros!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Oktoberfest Blumenau: Dia X Noite

A Oktoberfest de Blumenau é a maior festa de cultura germânica do Brasil, e uma das maiores do mundo.

Na minha experiência pessoal, existe uma grande diferença entre visitar a Oktoberfest de Blumenau durante o dia e à noite, especialmente de madrugada. Dê uma olhada nas informações e escolha seu período preferido!

Durante o dia, a partir das 11h, a Vila Germânica já está aberta, com venda de comidas típicas e cervejas das mais variadas marcas da região, nacionais e internacionais.





Preço do Chopp em 2011

Os preços são dignos do evento, mas os mais salgados ficam por conta das comidas mais elaboradas (como pato e marreco) e as cervejas artesanais da região.






De dia, a Vila fica calma, os vendedores e atendentes estão mais disponíveis e não há filas para nada, nem nas lojinhas, nem nos restaurantes; até os banheiros ficam vazios.






Biergarten durante o dia
Famílias almoçam tranquilas vendo a bandinha tocar no Biergarten. Este é o meu lugar preferido na Oktober. Além de funcionar dia e noite, o Biergarten sempre tem uma bandinha tocando e, como tem mesas, acaba sendo um ambiente mais tranquilo.



Durante o dia também há uma das opções da festa que eu acho a mais tradicional: o desfile oficial.



 Os desfiles são gratuitos e acontecem todas as quartas-feiras, às 19h30, e aos sábados, às 16h, no centro de Blumenau. 
Eles duram quase 2 horas (!) e contam com moradores e grupos sociais da região. Favor observar o bebê que aproveitou o desfile para tirar um cochilo! rsrs!
Nesta foto à direita, é possível ver uma banda vinda da Alemanha tocando no desfile também. Existe um grande sistema de intercâmbio cultural entre Blumenau e a Alemanha.

Crianças, jovens e adultos desfilam usando roupas tradicionais e até existem carros de chopp distribuindo a bebida DE GRAÇA (!) pros espectadores!









Durante a noite, o clima da festa muda, saindo da vibe família para um climão de festa. Festa mesmo, quase um carnaval em outubro!


Bandas locais e até bandas vindas diretamente da Alemanha tocam nos grandes pavilhões, onde milhares de pessoas dançam e bebem o chopp Pilsen da patrocinadora da festa, que também não é barato.




O clima de carnaval é indiscutível, dezenas de milhares de pessoas circulam pela festa e pelos pavilhões bebendo, dançando e namorando. Na verdade, depois de alguns problemas decorrentes dessa "folia" louca, a organização do evento começou a limitar o número de ingressos e hoje em dia a festa não chega a ficar tão caótica. Ufa!


Biergarten durante a noite
Porém, de dia ou de noite, se você quiser fugir da loucura dos pavilhões ou das filas intermináveis, o Biergarten sempre estará lá para te socorrer. O Biergarten é o único ambiente com mesas e lá também se vende comida e bebida, e continua tranquilo mesmo à noite. Sempre há uma banda tocando músicas típicas e é possível apreciar uma boa cerveja local num ambiente agradável. As mesas e bancos são comunitários, mas esse é o espírito da Oktober. O Biergarten é o ambiente mais parecido com as Oktoberfests da Alemanha, onde todos os pavilhões têm mesas.

A Oktoberfest de Blumenau, assim como as festas alemãs, também conta com um parque de diversões instalado ao lado. Alegria para pais e filhos.