Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

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Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

sábado, 30 de abril de 2016

Onde se hospedar e onde comer na Serra Catarinense

O frio chegou e a já tão famosa "corrida da neve" teve seu início esta semana.

Turistas de todo o país, mas principalmente os do sul, enchem os hotéis e pousadas das Serras Gaúcha e Catarinese na expectativa de ver a neve.

Eu, que nasci num lugar que neva, nunca passei pela adrenalida dessa perseguição, mas gosto muito de passear pelas Serras e sei da dificuldade de se encontrar bons hotéis e restaurantes por lá.

Por isso, resolvi fazer um artigo indicando os melhores lugares para se hospedar e comer na Serra Catarinense na minha opinião.

Creio que por causa da sua estação meteorológica, São Joaquim acaba por levar a fama de ponto mais frio do Brasil. Mas não é bem assim. Urubici e Urupema são ainda mais frios!

São Joaquim sofre de uma tremenda falta de estrutura turística, e acredite, já passamos trabalho para encontrar um mero lugar para almoçar lá! Certa vez comemos num restaurante tipo buffet, o único aberto naquele sábado ao meio-dia, e encontramos um cabelo na comida!

Desta forma, seguem algumas dicas. Algumas são minhas, outras são dicas de amigos, mas todas muito confiáveis.

HOSPEDAGEM

Urubici

Pousada Fogo Eterno - Pousada charmosa com ótima estrutura, quartos aconchegantes e jacuzis. Tem passeios a cavalo e uma trilha para um mirante. Oferecem apenas café da manhã.

Refúgio de Montanha Rio Canoas - Esta é dica de uma amiga que é original de Urubici. É uma pousada longe do centro, ou seja, um refúgio mesmo. Dizem que o lugar é lindíssimo, e as avaliações do Tripadvisor são realmente muito boas.

Lages

Hotel Fazenda Pedras Brancas - A proprietária do local diz que ela criou o conceito de hotel-fazenda, sendo, então, o primeiro do país. O local tem dezenas de atividades para adultos e crianças. Ninguém fica parado! Os quartos, no entanto, são bem simples. Oferecem café da manhã e jantar.


Uma das atividades da Pousada: lendas locais e sapecada de pinhão

Sapecada de Pinhão


REFEIÇÕES

Urubici

Paradouro Santo Antônio - O lugar é bem rustico e muito bem decorado. Oferece paella uruguaia e truta, o peixe da região. Foi a melhor truta que comemos em Urubici. O atendimento é bom e a carta de vinhos também.


Truta na crosta de amêndoas

La Fondue Muller - Restaurante bom para comer Fondue, mas cuidado, só oferecem Fondue lá à noite! Não recomendamos o almoço...

A Taberna Bistrô - Bistrô fofinho e com bom atendimento. Recomendo o escondidinho de pinhão.


Manhãs de inverno na Serra Catarinense

terça-feira, 19 de abril de 2016

Lista pré-viagem

Às vezes, eu acho que estou sem conteúdo pro blog, mas daí eu lembro que sou uma obcecada por organização e que minhas pastas do computador são um prato cheio para o blog (ou para um analista).

Eu já havia falado aqui do meu Kit Avião, mas além dele, eu tenho duas listas básicas que confiro antes de qualquer viagem longa, uma do que fazer nos dias anteriores à viagem e uma sobre o que levar na bagagem.

Segue a minha lista pessoal das coisas nas quais devemos pensar antes de uma viagem longa:



LISTA PRÉ VIAGEM
  • Comprar seguro de viagem;
  • Comprar dólares/euros;
  • Buricracias Pessoais (porque, né?): cortar as unhas/fazer as unhas, depilação, cortar o cabelo (adicione aqui fazer escova/pintar o cabelo se necessário);
  • Lavar aqueles itens que você não lava a cada uso, ou que passam muito tempo guardados, tais como cachecóis, casacos pesados, roupas de banho, bonés, etc;
  • Lavar/limpar os sapatos que vão na mala;
  • Pro seu Pet: cortar as unhas do bichano (no caso de gatos, para que eles não machuquem a/o petsitter), estocar ração, areia, patê;
  • Deixar telefones úteis e chaves da sua casa com, pelo menos, um vizinho e um parente próximo.

O que mais você providencia antes de uma viagem? Deixe sua dica nos comentários!

Logo postarei a lista de itens para levar na mala!


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Roteiro de 4 dias em Foz do Iguaçu

Ficamos em Foz um total de 4 dias, contando a chegada e a saída.

Nesses 4 dias, foi possível fazer tudo que planejávamos, mas abaixo eu conto uma informação que só descobrimos chegando lá:

Dia 1

Chegamos no aeroporto de Foz (que é beeeem pequenininho) no primeiro dia já à tarde. Não somos muito de usar táxi, sempre preferimos aprender a usar o transporte público.

Mas em Foz nem é preciso aprender muita coisa. As linhas de ônibus que são úteis aos turistas são muito bem sinalizadas e os trechos são quase diretos. Do aeroporto ao centro, do centro às Cataratas/Parque das Aves, das Cataratas de volta ao centro, do centro a Itaipú, não importa, é tudo muito fácil de usar.

Porém, a cidade é imensa e as viagens de ônibus longas.

Como o caminho do aeroporto ao centro é longo, já chegamos no hotel lá pelas 16h do primeiro dia. Aproveitamos para tomar banho, nos informar sobre passeios que uma empresa oferecia (os quais recusamos, pois sai muito mais barato fazer tudo você mesmo) e fomos jantar cedo, para acordar super-duper cedo no outro dia.

Recomendo o Bogari Hotel, na Av. Brasil, a apenas 2 quadras da estação de ônibus central. Bom custo-benefício e café da manhã espetacular.

Dia 2

Acordamos muito cedo e pegamos um ônibus para as Cataratas. Bem em frente à entrada pras Cataratas, existe o Parque das Aves. Recomendo fazer o Parque das Aves primeiro.

Depois seguimos para o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu e ao final do dia, fizemos o passeio de barco do Macuco Safari.

Reserva de 2 a 3hs para o Parque das Aves e o resto do dia para as Cataratas.

Veja detalhes deste dia aqui e aqui.

Dia 3

Já muito cansados de toda a caminhada do dia anterior, fomos passar o dia 3 na Argentina. Passamos o dia todo no Parque Nacional Iguazú e à noite fomos jantar um churrasco argentino em Puerto Iguazú.

Veja detalhes e burocracias de como chegar lá aqui.

Na matéria acima, você viu que um dia inteiro no lado argentino das Cataratas não é suficiente para ver todas as trilhas e quedas do parque. Nós não sabíamos disso, acho que poucos brasileiros sabem... O ideal é reservar 2 dias para o lado argentino, mais ideal ainda é se hospedar essa noite em Puerto Iguazú.

A cidade é pequena e muito humilde, mas é também muito turística, ou seja, conta com uma extensa malha hoteleira e um grande leque de restaurantes.

Dia 4

No último dia, passamos a manhã conhecendo a Usina Hidrelétrica de Itaipú, um passeio muito interessante que consiste em um video institucional seguido de um passeio de ônibus pela usina. Com direito a uma passadinha rápida em terras paraguaias.

Não demos sorte com a Usina, pois começou a chover muito, o que além de destruir a vista, acabou nos molhando porque metade dos ônibus são abertos na parte superior, e como bons turistas, era na parte aberta que estávamos.

As cataratas do Iguaçu separam a Argentina e o Brasil, e a Usina de Itaipú fica entre o Brasil e o Paraguai. Por isso, aquela região é chamada de tríplice fronteira. Existe o Marco das 3 Fronteiras, monumento que marca a divisa entre os 3 países, mas que nós não pudemos ver pois estava sendo reformado (em janeiro de 2016).

À tarde, levamos nossos amigos gringos às compras, em Foz mesmo, não queríamos (nem tínhamos tempo de) ir à famosa Ciudad del Este, destino de compras da maioria dos brasileiros. A burocracia para chegar lá é complexa e nosso foco era outro.

Na noite do quarto dia, pegamos um voo de volta a Porto Alegre.

A região de Foz do Iguaçu/Puerto Iguazú me surpreendeu muito pelo nível de preparação e treinamento para receber o turista. É um lugar onde turistas estrangeiros são a grande maioria. Vi recepcionistas e garçons falando espanhol com a mesma naturalidade que falavam português, e falavam inglês sem grandes dificuldades também. Fiquei chocada com o valor de 432 reais por pessoa para um passeio de helicóptero sobre as cataratas, e mais chocada ainda ao ver que o helicóptero fazia um passeio atrás do outro. A infra-estrutura turística da região é invejável, mas os preços a acompanham. Por isso, não pense que Foz é um destino barato.

Mas ver a magnitude da riqueza natural do lugar aliada a pessoas que a preservam foi fascinante! Foz é um destino imperdível, de fato.


Lado argentino das Cataratas
Lado argentino das Cataratas