Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

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Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

AMSTERDAM

O vento parece perpétuo, e, como de costume, escolhi a melhor época do ano para visitá-la: frio e chuva.

Eu gosto de chuva, mas para fins turísticos em viagens rápidas, ela não é tão agradável quanto seria com um chá em um sofá numa tarde de domingo.

Grandes expectativas na mala... Eu já devia saber.
Expectativas são muito caras hoje em dia.

Os canais são um labirinto quase infinito e ficam contentes em te confundir e perturbar.

Deixa pra lá, afinal há mulheres à venda em vitrines bregas e entorpecentes ao alcance pelo caminho.

Países planos são sempre bons para caminhar e para se ter a linha do horizonte como um destino claro.

Sempre fiquei atordoada com como alguns países, mesmo os ricos e com passados gloriosos, não foram capazes de desenvolver uma culinária que fosse sua, original e complexa.
É como se milhares de anos não fossem suficientes para que sua cultura alcançasse sua cozinha. Não é um fiasco completo. No entanto, é sempre bom saber que há um restaurante Italiano na esquina.

Não há vergonha em se viver dos louros de artistas mortos se você o faz com graça.


E sempre devemos dar crédito a um lugar que tem um museu com gatos de verdade.

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Fotos 1, 2, 3 e 4 de Meiry Peruchi

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

LONDRES

Além de ser o tipo imperdível de destino turístico, tem esse símbolo de realeza que todos parecem carregar na testa, e que faz 4 copos de cerveja local por dia parecer mais do que aceitável.

A comida é injustamente subestimada, claro, mas eu culpo isso aos fracos de estômago, que acham que podem imitar os locais.

Quando você é prudente com seu coração, seu estômago e fígado farão as honras.

Não que ser sensato com seu coração, porém glutão, seja prejudicial à poesia.

Assim como o banquete de Tito, é um prazer para poucos.

Haverá teatro, e palavras líricas no seu caminho, mas certamente haverá tempo ruim.

Aqui, eu começo a fazer uma conexão entre os dois: tempo ruim e comida reconfortante. De novo, muito sensato.

E de novo eu começo a reconhecer que aqueles que lidam com condições horríveis e ainda são capazes de se sentirem superiores são dignos de algum nível de admiração.

A realeza não te dá vontade nenhuma de servir aos outros, ou a ser educado com estranhos, mas isso faz parte da viagem, certo? Junto com a inflação...

Séculos de história sempre me empolgaram. Séculos de literatura, arquitetura e ciências também, e há muito disso.

Além disso, quem não adoraria uma xícara de chá quente e confeitos num dia frio de chuva?

Isso é poesia.

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Fotos de Meiry Peruchi

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