Eu sou o tipo de pessoa que ama o frio. Creio que a qualidade de vida seja melhor no frio. Obviamente que não me refiro ao extremo frio, abaixo de zero, mas ao frio que temos no sul do Brasil. Observo que minha qualidade de sono, de ritmo de trabalho e até de alimentação fica melhor. Podem culpar minha pressão sanguínea baixa, que me transforma num zumbi no verão, mas para mim frio é vida! Os amigos e parentes que moram no hemisfério norte, no entanto, vêem o outono como a aproximação do frio extremo, da falta de sol, enfim, da depressão sazonal.
Por ser professora, durante anos só pude visitar a Europa entre dezembro e janeiro, nas férias escolares. O natal branco é mágico, e regiões que têm mercados de natal são a minha recomendação para quem vai à Europa no inverno. Os mercados de Natal mais famosos estão na Alemanha, Áustria e na região da Alsácia, na França. Nos mercados de Natal você verá o artesanato típico, o quentão e outras bebidas típicas, mas o ponto alto são as comidas: desde os biscoitos decorados, passando pelos bolos e pães de frutas secas, até as carnes de caça da época são uma explosão de sabores reconfortantes para o frio (Em breve aqui uma matéria sobre o inverno europeu).
Mas depois de ver neve durante 5 anos seguidos, confesso que, mesmo gostando do frio, eu estava entendiada de só ver branco e galhos secos. Apesar de um Natal mágico, a neve não é o clima mais recomendado para o turismo na Europa. No alto inverno, especialmente nos países onde há neve, muitas empresas e alguns tipos de museus fecham, pois dão férias coletivas aos seus funcionários. Foi num desses invernos que fiquei sem conhecer a fábrica modelo da Volkswagen em Dresden. No alto inverno, os jardins fecham, as fontes são cobertas de madeiras e fica quase impossível caminhar muitas horas na rua. É preciso parar de tempos em tempos para tomar um chá ou chocolate quente.
Porém, nos últimos dois anos, pude testemunhar outras estações européias. Vi o final do verão e o outono em 2014, e o final da primavera e verão este ano (2015). Mas de longe, o meu preferido foi o outono.
Porém, nos últimos dois anos, pude testemunhar outras estações européias. Vi o final do verão e o outono em 2014, e o final da primavera e verão este ano (2015). Mas de longe, o meu preferido foi o outono.
As temperaturas amenas são especiais para o turismo. No outono europeu, em geral, não faz muito frio, nem chove com frequência, muito menos faz um calor insuportável que desidrata o viajante. Ou seja, clima perfeito para sair a pé, sem pressa e sem rumo. No alemão, existe uma expressão que define o outono como nenhuma outra: "Goldener Herbst", que significa “outono dourado”. O outono boreal é, de fato, dourado. As folhas das árvores trocam de cor, cada uma a seu tempo, formando um degradê lindo e bucólico.
Segue minha foto-homenagem ao outono boreal:
(Fotos da nossa colaboradora Meiry Peruchi)
Sceaux, França |
Londres, Inglaterra |
Bruges, Bélgica |
Viena, Áustria |
Bruges, Bélgica |
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