Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

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Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Kit Avião

Existem as coisas belas e existem as coisas úteis.
Hoje vou falar de algo que não é belo, mas que é extremamente útil, rsrs!
Sou muito sensível ao ar-condicionado, ele me resseca a garganta, os lábios, os olhos, o nariz...
Na minha primeira viagem longa de avião, em 2008, eu sofri horrores naquelas 22 horas até meu destino. A cada hora sofrida eu pensava: - Por que eu não trouxe colírio? ou - Por que despachei a manteiga de cacau?!
Na viagem seguinte, criei o Kit Avião, que permanece quase inalterado desde 2009. Na minha viagem mais recente, um item que eu desconhecia antes foi adicionado ao kit, a água termal. Então, decidi que agora ele está suficientemente bom para ser compartilhado com vocês.






Vamos à lista:

1. Travesseiro inflável - Eu prefiro o inflável ao "fofinho" apenas por uma questão de  espaço na bagagem de mão. O travesseiro inflável pode ser desinflado e vira apenas 1/4 ou 1/5 do seu tamanho;


2. Creme hidratante - Ele vai servir para as mãos e para o nariz;

3. Água termal - Recentemente descobri que a água termal hidrata, refresca e até cicatriza. Na minha viagem mais recente, usei-a não só como hidratante de rosto, como também para dar aquela acordada antes do café da manhã, rsrs;

4. Hidratante nasal - Se você tem um nariz que sangra em lugares secos, vai precisar de um destes;

5. Colírio - Fundamental para quem tem olhos sensíveis que ressecam com o ambiente;

6. Manteiga de cacau - Porque, vamos ser honestos, quem vive sem essa dádiva do cacau?

7. Bolsa plástica com zíper - Quem já viajou de avião sabe: para carregar produtos líquidos ou pastosos que tenham menos de 100ml na bagagem de mão, eles precisam estar devidamente fechados em uma bolsa  transparente com zíper. Ela é necessária para guardar todos os itens desta lista. Esta foi brinde da TAM;

8. Protetores auditivos - Para a qualidade do soninho no avião, protetores auditivos são fundamentais. Eles bloqueiam boa parte dos ruídos do próprio avião (aka turbinas) e também os ruídos dos outros passageiros;

9. Meias - Algumas companias aéreas fornecem meias quentinhas para que os passageiros possam tirar os calçados durante voos longos. Este par foi uma delicadeza da TAM;

10. Vendas - Se você tem olhos sensíveis, ou não consegue dormir quando há luz, esse item é uma necessidade básica;

11. Toalhinhas umedecidas - Algumas companias aéreas fornecem toalhinhas para a higiene das mãos antes de cada refeição. Mas como algumas empresas esquecem desse mimo, eu sempre carrego algumas extras comigo. Estas foram cedidas pela TAP.

Esse kit faz com que minhas viagens sejam menos desagradáveis. Espero que funcionem para vocês também!

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terça-feira, 23 de junho de 2015

AEROPORTOS

Seja partindo, seja voltando, acompanhada ou só, aeroportos são os lugares mais tristes do mundo pra mim. O cansaço, o incerto, a dor nos olhos secos sem dormir há dias, estômago semi-virado da comida ruim, ou da turbulência, tudo isso sem falar do coração, que segue apertadinho... Mas aeroportos podem ser os lugares mais felizes do mundo também.

Acabo de lembrar de uma frase que rodou pelas redes sociais há um tempo, da qual não consegui identificar a origem: “Aeroportos já viram mais beijos sinceros do que casamentos. Paredes de hospitais já ouviram preces mais honestas do que igrejas”. A verdade dessa citação chega a doer.

Dói em mim porque já chorei em aeroportos, e sei o quão sincera foi cada lágrima. Dói porque já me despedi sem saber se aquele beijo seria o último, tremendo de medo de que fosse. Aeroportos podem te trazer a maior alegria e alívio que você já sentiu, mas também podem te oferecer a maior dor humana: o questionamento da despedida final. Essas serão minhas últimas palavras?

As estruturas frias de aço e concreto nunca oferecem um abraço, nem uma palavra bondosa aos que sofrem. Dói lembrar de cada vez que me senti vulnerável num aeroporto sem ninguém para abraçar, fosse por estar partindo, fosse por estar deixando alguém partir.

A alegria também existe num aeroporto, é claro. O alívio do reencontro, o abraço apertado, um beijo que parece ser o primeiro. Esses reencontros felizes fazem o passado desaparecer, fazem com que o temor da despedida, das últimas palavras, se desfaça completamente. Se existe uma passagem de volta, a gente fica feliz em esquecer. O que é o amanhã se o dia hoje é de felicidade?

Penso em aeroportos como deuses impassíveis num altar, olhando-nos de cima e decidindo quem será o próximo a ser punido, com um atraso ou um cancelamento, ou premiado com um reencontro. Donos dos nossos destinos e incapazes de sentir empatia, seguem movendo nossas histórias como peões num jogo de tabuleiro. Sem muito controle sobre a própria vida, nos resta esperar. Esperar por bom tempo, uma viagem tranqüila, um retorno seguro. Talvez boa comida.



terça-feira, 16 de junho de 2015

VIA APPIA ANTICA



A Via Ápia, ou Via Appia Antica em Italiano, é, talvez, a principal e mais emblemática estrada da Roma antiga. Recebeu este nome em memória do político romano Ápio Cláudio Cego, que iniciou sua construção em 312 a.C. Atualmente, a estrada liga Roma até Brindisi, quase no final da península Itálica. A Via Ápia chega a uma extensão de 600 quilômetros. Ela era chamada, em latim, de Regina Viarum, que significa "a rainha das estradas".
A Via Ápia é um passeio de um dia inteiro que eu recomendo ao viajante que tem alguns dias em Roma. Pode ser feito a pé ou alugando uma bicicleta, que é a maneira de percorrer uma extensão maior sem machucar os pés.
Caminhar pela Via Ápia hoje em dia é quase uma ode à história da civilização como a conhecemos. Ela é um itinerário cultural que passa por sítios arqueológicos importantes, como as Catacumbas de San Calisto, as Catacumbas de San Sebastiano, o Mausoleo de Romulo (Circo di Massenzio), o sítio arqueológico de Capo di Bove, e o belíssimo Parque dos Aquedutos, entre outros.
O privilégio de percorrer essa estrada de pedras milenares é um exercício quase espiritual, onde o esforço é recompensado com a paisagem, a cultura e a sensação de superação.
Nós chegamos até lá pegando o ônibus 118 a partir de Roma, e descendo em uma das paradas chamadas de Via Appia Antica.









segunda-feira, 1 de junho de 2015

7 COISAS QUE APRENDI (viajando)

Em uma iniciativa conjunta entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. Como não tenho muita experiência como escritora, escrevi sobre 7 coisas que aprendi com a vida, e, ao terminar, notei que quase todas essas coisas, eu aprendi viajando:

1. “Verdade” ou “realidade” são apenas pontos de vista que, mesmo múltiplos, podem ser verdadeiros e reais. Desta forma, a minha verdade não invalida a tua.

2. Seguir em frente não é um privilégio, tampouco uma opção.

3. Nenhum idioma do mundo é completo e consegue expressar tudo o que se sente. Por isso, quanto mais idiomas sei, mais sentimentos eu consigo expressar. No entanto, nem os sentimentos nem os idiomas são fáceis.

4. A cada viagem que eu fizer o desconforto será proporcional ao encantamento.

5. A distância é incomensurável. Não importa se 215 km ou 11.000 km nos separam; se nossas peles não se tocam, um metro já é longe demais.

6. Por maior que seja, um porre nunca será pior que uma ressaca moral.

7. Aprender não é opcional.

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Minha contribuição no site Escriba Encapuzado: 7 Coisas que Aprendi, Ana Raspini

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