Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

Minha foto
Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

DRESDEN

A Alemanha é, pra mim, um amor de muitos anos. Daqueles amores sólidos, que se constroem com tempo e observação. Foi difícil escolher uma cidade da Alemanha por onde começar, e possivelmente eu cometa uma ou outra injustiça, mas vou tentar... Já aviso que este texto é mais longo que os outros, mas entendam que este é o meu lar longe de casa.

Eu voltaria a visitar todas as cidades por onde passei na vida, seja para matar a saudade, seja para mudar a perspectiva. Dresden é a primeira cidade que menciono aqui a qual eu, de fato, voltei.

Em Dresden, eu vi neve européia pela primeira vez, muito diferente da neve gaúcha que permeou minha infância. E depois de testemunhar que cada floco de neve tem mesmo uma forma única, assim como as pessoas, coloquei a língua para fora e tentei engolir alguns flocos.

Dresden sofreu muito no passado: guerras, bombardeios, genocídio... Mas foi lindamente reconstruída e nem aparenta ter o passado cruel que teve. Dresden fica onde costumava ser a chamada Alemanha Oriental, que era socialista. Mas ela não se parece com a maioria das outras cidades da Alemanha Oriental. Dresden carrega em si todas as características das grandes cidades históricas européias: Catedrais Barrocas, prédios históricos, monumentos...

Dresden é organizada a ponto de parecer uma cidade pequena, e não a metrópole que é. A limpeza das ruas e pontualidade do transporte público são, aliás, traços que os alemães conhecem bem.

A comida alemã é farta e agrada, principalmente, aos carnívoros. Poucos preparam carne de porco melhor que os alemães. Por toda a Alemanha você comerá bem, e muito, pagando pouco. Cada refeição é um acalento para o turista cansado, um agrado para o coração que tem saudades de casa.

A cerveja alemã é como a música: centenas de tipos diferentes, para que qualquer pessoa tenha a sua preferida. Esqueça sua experiência brasileira com cervejas: Elas são tão boas que você nem vai notar que não estão geladíssimas. E assim como os franceses se permitem excentricidades com seu vinho, os alemães também as têm. Deixe seu pudor em casa! Cerveja pilsen com Sprite chama Radler, e cai muito bem num dia de calor. Cerveja de trigo com suco de banana é muito melhor do que parece!

E falando em pudor, não se assuste ao saber que na Alemanha Oriental é comum ir à sauna nu.


...

For the English version, please visit My Lyrical Travel Journal









4 comentários:

  1. Seus textos poderiam ser muito mais longos, pois deixam sempre o gosto de quero mais.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, Aline! :) Fico lisonjeada com teu comentário! :$

    ResponderExcluir
  3. Amei teu blog, Congratulations!!
    Você é uma ótima escritora...Os textos então, fazem a gente viajar com você...
    Muito legal!!! bjs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Savana! Fico muito contente que tu tenhas gostado! :D

      Excluir