Ana Raspini é viajante, além de professora de Inglês, e escritora.

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Brasileira, professora de Inglês, escritora, mas acima de tudo, viajante.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Como é o show de Tango do Café Tortoni, em Buenos Aires

Antes de ir a Buenos Aires, já sabia que queria ver um show de Tango. Mas assim como fiz com o show de Fado em Lisboa, sabia que não queria ver nenhuma superprodução à la Hollywood. Eu queria ver algo mais "raiz"...

Os shows caros e produzidos, caso você queira ver, são no Rojo Tango, no Señor Tango, entre outros. Nessas casas, existe a opção de ver apenas o show, ou ver o show + jantar. Todos os sites e avaliações de turistas que li durante a pesquisa pré-viagem diziam que a comida nesses lugares é fraca.

Uma amiga (oi, Thais!), e depois outros conhecidos, super indicaram o show de Tango do Café Tortoni, que também é um dos must-see de Buenos Aires. Cafeteria antiga e charmosa, foi uma das primeiras instalações do tipo na cidade e reunia os artistas e intelectuais da época em que Carlos Gardel trazia o Tango para as bandas do Rio da Prata.

Essa minha amiga comentou que o Tortoni fazia 2 shows por noite, e que o mais animado era, sem dúvida, o último. Com medo de ficar sem ingresso, ou num lugar ruim, já passamos lá no dia da nossa chegada (quinta), e compramos o ingresso pro show do dia seguinte. No entanto, chegando lá, o cara que vende os ingressos disse que eles haviam parado de fazer 2 shows, por falta de platéia, e estavam fazendo apenas um por noite, às 20h. Eles sempre pedem que você chegue meia hora mais cedo.

O show de Tango do Café Tortoni é um dos mais baratos, 300 pesos por pessoa. Você fica sentado em mesas para 4 pessoas. No nosso caso, como éramos apenas 2, dividimos a mesa, na ocasião, com dois rapazes da Coréia do Sul. Você sempre terá de dividir a mesa, se estiver em menos de 4 pessoas. O garçom (russo!!!) traz o cardápio e tira os pedidos antes do show começar. Você pode consumir qualquer coisa do cardápio, mas eles não repõem durante o show.

O show é uma mistura de teatro, dança, canto e apresentação musical. Tem um cantor principal, muito bom, 4 casais que dançam, e existe um intervalo nesse "teatro-dança-cantoria" para um homem que se apresenta com boleadeiras, acompanhado de outro que toca o tambor típico dos GauchosO show leva, aproximadamente, uma hora.

Mas para nosso espanto, ao final do show, exigiram que todos saíssem da salinha subterrânea onde acontece o show. Nós, que ainda não tínhamos terminado nosso vinho, ficamos nas mesas do café, e foi então que vimos que, SIM, eles têm uma segunda sessão do show! Fiquei bem ofendida, porque queria ter visto essa sessão mais tarde, pois facilita no quesito "jantar". O Café Tortoni é um tanto caro, e não oferece refeições de verdade. Ou seja, acabamos não jantando e ficando com fome no fim da noite...

Mas o show em si é empolgante, eles interagem muito com a platéia. Achei a experiência sensacional!

Fique de olho na nossa página no Facebook para ver os videos que fiz lá! Ou veja os dois melhores nesse post!




quarta-feira, 11 de maio de 2016

O que fazer e onde comer em Paris

Fiquei apenas 4 dias em Paris, e aqui estão as experiências que tive nesse tempo. Resumidas, claro. Fiz um roteiro dinâmico, com algumas sugestões famosas, e outras nem tanto, mas confesso que algumas coisas ficaram pra próxima.

Pegue o metrô Palais Royal Musée Du Louvre linha 1 e desça no Musée Du Louvre para vê-lo de fora. Se for vê-lo por dentro, reserve uma tarde toda para as suas seções preferidas, ou um dia todo para ver o lugar por completo.

Dica de refeição perto do Louvre, para quem for passar o dia no museu e ficar com fome:

Le Comptoir de la Gastronomie, 1o. arrondissement, perto do Louvre
34 Rue Montmartre
Metrô: Etienne Marcel (linha 4)
De segunda a quinta de 12h às 23h, sexta e sábado de 12h às 0h

Este restaurante é especializado em Foie Gras. Lá comemos sopa de cebola, um clássico francês, e Ravioles de foie gras de pato com creme de trufas. Foi a refeição mais cara que fizemos em Paris: aproximadamente 65 euros, com vinho.


A partir do Musée du Louvre, caminhe até os Jardins des Tuileries: Belíssimos jardins onde os franceses lêem o jornal. Caminhe por lá com calma. O jardim termina na também bela Place de la Concorde.

Fomos ver o Arco do Triunfo seguindo pela Champs-Elysées. Do Louvre até o Arco são quase 4km, por uma rua turística e muito cheia de gente. Leva de 1h a 1h30. Eu fiz, mas não recomendo se for uma viagem curta. Achei o Arco dispensável. Porém, se você é muito fã, tem como entrar nele.

Daqui, pode-se ainda optar por ir até a Église de la Madeleine, que é linda por dentro e por fora, com colunas gregas.





Quem gosta de museus, não pode perder, além do Louvre, outros dois museus menores, mas muito importantes na capital francesa:

Orangerie - Museu pequeno e fofo, onde se precisa de apenas umas 2hs, e estão as Ninféias, de Monet.



D’Orsay - Museu que fica numa antiga estação de trem, lindíssimo. Dizem que é o verdadeiro museu dos parisienses. Precisa-se de umas 4 a 6hs para vê-lo por completo.

Compre os ingressos dos dois juntos e vai economizar. O passaporte Orsay + Orangerie custa 16 euros.

Caminhe pelas margens do Sena até 
Notre Damme.



Eu, particularmente, sugiro ver a torre de uma maneira mais ‘glamurosa’ e inesquecível: Pegue um metrô para a estação Trocadéro, e, ao sair da estação, vá até os Jardins du Trocadéro. De lá, você vai ter a melhor vista da Torre. A posição é perfeita para fotos. Depois desça pelos jardins, onde ficam chafarizes gigantes, que fazem um espetáculo de águas a cada hora cheia. Finalmente, cruze a ponte e estará na Torre. Subir ou não, é escolha sua. À noite, a Torre tem um show de luzes a cada hora cheia.



Não tive tempo de ir às Catacumbas de Paris. Amigos, no entanto, dizem coisas distintas: uns adoraram, outros disseram que só os primeiros metros são impressionantes, depois vira mais do mesmo. A entrada custa 10 euros.

Os jardins de Luxembourg são lindos, e não precisa de muito tempo para vê-los. Perto deles também ficam os Jardins Des Plantes.

Também visitamos a St. Germain des Près, a igreja mais antiga de Paris. Fiquei impressionada com a arte em madeira, e com uma concha gigante onde fica a água benta.

Próximo da igreja e do jardim de Luxembourg, sugiro este restaurante:

L’Avant Comptoir, em Saint-Germain-des-Prés, no 6o. arrondissement
3 Carrefour de l’Odéon
Metrô: Odéon (linhas 4 e 10)
Todos os dias 12h às 23h

Tivemos uma refeição inesquecível aqui. O lugar é especializado em petiscos de carne de porco. É apenas um balcão, onde você come em pé mesmo. Sobre o balcão, o melhor pão que já comi na vida, acompanhado de manteiga também feita por eles. Sugiro o peito de porco caramelizado. Gastamos menos de 30 euros o casal, com vinho.

Nesta mesma região, fica a Shakespeare & Co. (onde você precisa ler a inscrição inspiradora que o dono fez quando deu a livraria a sua filha), e a imprescindível Notre-Dame. Custa 8,50 para subir na torre, mas tem uma fila lenta. Para entrar na própria catedral é gratuito, também tem filas, apesar de mais rápidas.

Também nesta região, está a minha sugestão para comer bons crepes franceses: Crêperie de Cluny (20 Rue de la Harpe). Gastamos menos de 40 euros o casal, com cerveja (mas foi uma cerveja bem cara, acima da média).


A Basílica de Sacré-Coeur fica no alto de uma colina, e por isso, é razoavelmente cansativa para subir, mas tem uma vista linda de Paris. A entrada é gratuita. A famosa cena em que Amélie Poulain entrega o livro de fotos a Nino acontece nas escadarias da basílica. Ali perto fica o Moulin Rouge e o café em que Amélie trabalha no filme.

Aqui, eu faço um apelo: se for a um único restaurante em Paris, vá fazer degustação de queijos neste: 

L’Affineur Affiné: 51 rue Notre Dame de Lorette 75009 Paris. Fechado nas terças feiras. Aberto de quarta até sábado das 10.30h até 21.30h. Domingo e segunda das 10.30h até 20.30h.
Se não reservar antes, chegue cedo. Eles têm apenas 7 mesas, e, assim que elas enchem, eles fecham a entrada. A degustação tem, além de queijos, pães feitos lá mesmo, e uma salada primorosamente temperada com mel e mostarda. Pedimos apenas 5 queijos, e já foi mais que suficiente para 2 pessoas. Eu ALTAMENTE sugiro o queijo com trufas negras e o gorgonzola. Gastamos menos de 30 euros o casal, com vinho.


Extras - Abaixo seguem mais passeios que deixamos de fazer e um restaurante que deixamos de conferir por falta de tempo, mas que pretendo fazer na próxima ida a Paris:

Experimentar Escargot no Les Fous de l’Ile, 32 rue des deux Ponts 75004 Paris. Metrô: Pont Marie.

Passeio ao Château de Versailles e a Giverny, os jardins de Monet.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Canções e Álbuns de Viagem

Eu já havia feito uma lista aqui com 7 canções que me dão vontade de viajar.

Mas como a gente não para de conhecer novas canções, decidi dar continuidade a esta lista. Mas, desta vez, também vou falar de 2 álbuns que trazem as viagens no próprio nome, e foram feitos para serem apreciados na estrada (ou no ar).

Segue, então, uma compilação de canções e álbuns para inspirar sua viagem, seja antes de partir, seja para ouvir no avião/trem/ônibus/carro/bicicleta:

Canções

Willie Nelson - On the road again


Billy Joel - Vienna


Jason Mraz - 93 Million Miles


Álbuns

Sabe o filme "Into the Wild", em português "Na Natureza Selvagem"? Então, ele é baseado numa história real, aquele ônibus existe e ainda está lá no mesmo lugar. E pra deixar tudo ainda mais especial, o Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, fez a trilha sonora do filme toda sozinho. Isso mesmo, todas as canções do filme são escritas e cantadas por ele. É um dos álbuns de viagem mais lindos que já ouvi, apesar de eu não gostar muito do filme (acho muito triste... mas sem spoilers, ok?).

Eddie Vedder - Into the Wild soundtrack


Outro álbum pra ouvir na estrada é o Highway Companion do Tom Petty, que seria traduzido quase que literalmente como "Companhia para a Estrada". Perfeito para Road Trips!

Tom Petty - Highway Companion


Você tem mais alguma sugestão? Deixe nos comentários!